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Este breve e denso livro trata da questão do papel da mulher na sociedade atual. Tema esse amplamente divulgado e pertinente até mesmo para organizações comprometidas com a manutenção da ordem estabelecida. Porém, a análise de Heleieth Saffioti – e isso é fundamental – procura compreendê-lo em perspectiva histórica; ou seja, o que ela busca analisar é o papel da mulher em uma sociedade de classes, capitalista.
A questão de gênero, da opressão às mulheres é tratada como parte constituinte de um sistema baseado na exploração do ser humano pelo ser humano. Gênero, patriarcado, violência parte de dados de pesquisas sobre a violência contra a mulher – de fins dos anos 1990 e início dos anos 2000 – que demonstram a crueldade e perversidade de uma lógica em que essa prática de alguma maneira está naturalizada.
Apesar dos avanços legais em torno dessa questão – principalmente com a sanção da Lei Maria da Penha – essa é ainda uma realidade para boa parcela das mulheres, o que se agrava ainda mais quando se trata das camadas trabalhadoras empobrecidas. Esse, infelizmente, é um dos aspectos de atualidade deste livro.
Heleieth trava um combate no campo teórico, procurando definir os melhores conceitos para se analisar essa forma de opressão. É a partir disso que ela afirmará a relevância do patriarcado como categoria que expressa uma forma de dominação própria das sociedades dividas em classes, em suas diversas fases históricas. Ela permite uma análise que desnaturaliza a submissão de um sexo a outro, ou seja, esta se constitui como um fenômeno social. A perspectiva de que a emancipação dessa opressão não é possível nos marcos de uma sociedade capitalista é de grande atualidade (e necessidade).
Em tempos de avanço de uma cultura conservadora em nossa sociedade, é necessário se contrapor a isso tanto no campo teórico quanto prático criando uma cultura emancipadora, socialista. No primeiro calibrando os termos que utilizamos para analisar a realidadede forma precisa; no segundo levando à frente as lutas que busquem derrubar a ordem estabelecida.
Heleieth Saffioti (Ibirá/SP, 4/1/1934, 13/12/2010, São Paulo/SP) – Pioneira do feminismo marxista no Brasil, foi socióloga (USP), e professora da PUC/SP, da UFRJ, e da Unesp. Iniciou seus estudos sobre a questão de gênero nos anos 1960, a partir do tema da violência contra a mulher, aliando a militância feminista ao estudo teórico do marxismo. Sua tese de livre-docência A mulher na sociedade de classe: mito e realidade, sob orientação de Florestan Fernandes, tornou-se uma referência aos estudos de gênero.
Peso | 188 g |
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Dimensões | 14 × 21 cm |
Autor | |
Páginas | |
Ano Publicação | 2015 |
Coleção | |
ISBN |
Heleieth Saffioti (Ibirá/SP, 4/1/1934, 13/12/2010, São Paulo/SP) – Pioneira do feminismo marxista no Brasil, foi socióloga (USP), e professora da PUC/SP, da UFRJ, e da Unesp. Iniciou seus estudos sobre a questão de gênero nos anos 1960, a partir do tema da violência contra a mulher, aliando a militância feminista ao estudo teórico do marxismo. Sua tese de livre-docência A mulher na sociedade de classe: mito e realidade, sob orientação de Florestan Fernandes, tornou-se uma referência aos estudos de gênero.
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