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Esta obra – publicada pela primeira vez em 1999 – é um clássico da historiografia brasileira sobre a questão agrária, uma vez que apresenta as raízes históricas dos conflitos sociais no campo, durante os governos neoliberais. Os autores ampliam e aprofundam a análise sobre a história da questão agrária no Brasil, partindo das revoluções burguesas na Europa, e analisando as principais transformações econômicas, sociais e políticas operadas pelo capitalismo no campo, e suas consequências para o processo de colonização.
A questão agrária no Brasil é discutida pelos autores no cenário do modelo colonial implantado na América Latina. Para Maria Yedda Linhares e Francisco Carlos Teixeira da Silva, é preciso conhecer o outro lado da história colonial, cujas revoltas de indígenas, de trabalhadores escravizados e de camponeses marcaram a reação da população originária no processo de constituição da economia colonial de acumulação primitiva de capital. Sem terra e sem liberdade, essa população foi transformada em mão de obra principal para o trabalho forçado nas grandes propriedades rurais. Essa estrutura de exploração do capitalismo dependente que se manteve por séculos com base na violência econômica, política e social dos caudilhos, é a síntese da chamada questão agrária.
Sobre a necessária reforma agrária para a resolução dos problemas sociais no Brasil, os autores apontam o momento histórico em que os trabalhadores e trabalhadoras perderam a chance de efetivar a passagem do Brasil colônia em Brasil nação, da transição do Império para a República, quando o patrimônio público foi rapidamente privatizado, com o aumento de latifúndios e do poder político dos oligarcas regionais, e a consequente expulsão de camponeses de suas terras. Os autores demonstram o acirramento das questões sociais, ao longo da história da República, e como foram tratadas, com algumas aberturas para a questão agrária em governos menos impopulares, e apresentam as novas formulações políticas para uma reforma agrária ampla e profunda como projeto popular para o Brasil, a partir da retomada dos movimentos populares, durante a crise da ditadura, em especial com a constituição do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Uma obra imprescindível e didática para estudantes, professores, comunicadores populares e militantes sociais.
Maria Yedda Linhares (Fortaleza, 3/11/1921- Rio de Janeiro, 29-11/2011) – Historiadora, uma das pioneiras da ciência no Brasil, participou da institucionalização e profissionalização dos historiadores brasileiros. Lecionou em universidades do Rio de Janeiro, defendeu a educação pública com Anísio Teixeira, foi presa e exilada após o golpe de 1964. Ao retornar ao Brasil, participou da criação do curso de pós-graduação em História da UFF; foi secretária da Educação do governo Brizola e dirigiu o programa de estudos de História Agrária.
Peso | 309 g |
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Dimensões | 14 × 21 cm |
Autor | |
Páginas | |
Ano Publicação | 2021 |
Coleção | |
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Maria Yedda Linhares (Fortaleza, 3/11/1921- Rio de Janeiro, 29-11/2011) – Historiadora, uma das pioneiras da ciência no Brasil, participou da institucionalização e profissionalização dos historiadores brasileiros. Lecionou em universidades do Rio de Janeiro, defendeu a educação pública com Anísio Teixeira, foi presa e exilada após o golpe de 1964. Ao retornar ao Brasil, participou da criação do curso de pós-graduação em História da UFF; foi secretária da Educação do governo Brizola e dirigiu o programa de estudos de História Agrária.
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