Imperialismo no século XXI: Globalização da produção, superexploração e a crise do capitalismo

O imperialismo e sua lógica de acumulação estão cada vez mais vigentes. Tanto nos aspectos econômicos – aumentando cada vez mais a desigualdade entre as classes sociais internas ao país e entre os países do Norte e Sul global – quanto nos sociais, ideológicos, culturais e bélicos. Imperialismo no século XXI é uma detida análise sobre a atualidade do imperialismo e as transformações econômicas pelas quais ele passou durante o neoliberalismo.

Seu autor, John Smith, é pesquisador e escritor inglês. Foi trabalhador em plataformas de petróleo, motorista de ônibus e engenheiro de telecomunicações antes de estudar economia política internacional na Universidade de Sheffield, onde obteve seu doutorado em 2010. É um militante de longa data nos movimentos antiguerra e de solidariedade latino-americana. Essa sua ampla experiência como trabalhador, militante e pesquisador dá o tom deste livro, no qual ele debate a relevância política e social de categorias econômicas pensando na luta de classes hoje, ao mesmo tempo que garante o rigor teórico.

Vencedor do Prêmio Memorial Paul A. Baran-Paul M. Sweezy, este livro traz uma inovadora interpretação sobre a dinâmica de drenagem da riqueza dos países do Sul Global, tributária tanto do processo de terceirização de partes da produção para países com baixos salários e legislação trabalhista fraca como da imigração de trabalhadores. A partir de um amplo debate com a tradição econômica – liberal e marxista – ele demonstra a atualidade do imperialismo e a relação com a exploração do trabalho em escala global.

Partindo da teoria do valor de K. Marx, passando pela teoria do imperialismo de Lenin e abrindo um fecundo debate com teóricos marxistas como Samir Amin, David Harvey, Ruy Mauro Marini entre outros, este livro é de leitura fundamental para pesquisadores no campo da economia, das relações internacionais e para todos os que lutam pela construção de uma sociedade onde não haja poucos com muito e muitos com pouco.

John Smith