Um testamento agrícola

Há quase 100 anos, na década de 1930, Sir Albert Howard, com a segurança dos sábios e a perspicácia dos gênios, previu as consequências nesfastas para o meio ambiente, hoje inquestionáveis, do agronegócio. Howard mostrou os equívocos dos métodos da pesquisa agrícola ocidental e fez um amálgama magistral do conhecimento camponês ancestral com o saber científico da época. Propôs uma conduta para a produção vegetal e para a produção animal que, se fosse seguida, seguramente evitaria a maioria dos problemas ambientais hoje enfrentados pela humanidade.

O fundamento central de suas posições científicas é o incremento do húmus no solo, já que a matéria orgânica é o principal armazém terrestre de CO2, que é, por sua vez,  um dos maiores agentes de contaminação do ar. Nas páginas desta obra, Howard, de forma didática e em linguagem acessível, reproduz toda a sua experiência apontando o caminho para a verdadeira agroecologia, com o indispensável incremento da fertilidade do solo através de processos naturais, de acordo com a Mãe Natureza, como ele gostava de chamar nosso planeta.

SIR ALBERT HOWARD

Sir Albert Howard (Shropshare. Inglaterra, 8 de dezembro de 1873 – 20 de outubro de 1947) – Graduado em Ciências Naturais e Agronomia, foi um destacado cientista botânico inglês, professor de agricultura para o Departamento Imperial de Agricultura para as Índias Ocidentais e diretor do Instituto de Plantas Industriais. Com base em pesquisas na fazenda experimental de Indore, conheceu os benefícios da prática da agricultura tradicional indiana e formulou a base da compostagem moderna, descrito na obra Um testamento agrícola.