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Marx foi o precursor no estudo das leis econômicas fundamentais que regiam o capitalismo e, dentro dele, a agricultura. E criou a teoria da renda terra. A partir dessas leis gerais do capitalismo, estudou como ocorreu na prática o processo de desenvolvimento do capital na agricultura inglesa, que a posteriori ficou conhecido como a “via inglesa”. Karl Kautsky seguiu seu caminho e estudou a natureza do capitalismo na agricultura da região da Prússia, e por isso sua teoria ficou conhecida como a “via prussiana”. Lenin, por sua vez, estudou a situação na Rússia, que recebeu o apelido de “via Junker”; depois pesquisou a situação da agricultura nos Estados Unidos, que recebeu o nome de “via Farmer” ou “americana”. Mais tarde, na década de 1970, Giovanni Arrighi estudou o desenvolvimento do capitalismo na agricultura em ambientes hostis. Seu estudo recebeu o nome de “via suíça” ou “dos migrantes camponeses”.
Todos esses estudos clássicos foram importantes para entendermos de que modo em cada país ou região, sob formações socioeconômicas históricas e diferentes correlações de forças da luta de classes no campo, se produzem situações distintas em relação ao futuro da classe dos camponeses e sua coexistência ou destruição, como acontecera na Inglaterra. Chayanov deu uma contribuição ímpar ao estudo do campesinato, porque aproveitou sua condição de agrônomo e economista para investigar a fundo como era a racionalidade do comportamento da unidade econômica do camponês, com seu trabalho familiar, dentro do modo de produção capitalista e mesmo na transição ao socialismo. Claro que sua base de estudos foi a situação particular do campesinato russo, no período que vai do final do século XIX até após a Revolução Russa de 1917. Mas seus estudos se tornaram clássicos porque colaboram para a compreensão de como funciona uma unidade econômica camponesa; não como um modo de produção em si, mas dentro do modo de produção predominante na sociedade, como ele funciona, reage e se adéqua buscando a sobrevivência.
Chayanov é pouco conhecido no Brasil, mesmo na academia. Seus estudos eram conhecidos apenas em espanhol ou francês. Agora, a Expressão Popular, com a coordenação de Horacio Martins de Carvalho, apresenta uma edição que permitirá aos militantes sociais, pesquisadores e movimentos sociais do campo estudar as contribuições de Chaynov em nosso idioma, a fim de melhor entendermos a lógica do campesinato.
Peso | 324 g |
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Dimensões | 21 × 14 × 1,52 cm |
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Editora Expressão Popular LTDA Alameda Nothmann, 806 – São Paulo
CNPJ: 03.048.166.0001-76
I.E.: 115.264.278.112
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