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Esta história conta de três gotinhas de chuva, mas é também uma história que nos mostra a grande importância do solo e da água para as plantas, os bichos e os seres humanos.
Tatá, Pepe e Gigi caem do céu sobre a vegetação e deslizam suavemente até chegar ao solo. Quando “amparadas” em suas quedas, não machucam a terra, pelo contrário. A terra precisa ser porosa, ter os poros que são as portas de entrada da água.
Ana Primavesi dizia: “A chuva que cai do céu não faz a planta crescer; a planta cresce da água que penetra na terra.”
A chuva molha a terra e ajuda as plantas a crescerem, pois as gotinhas levam a solução do solo que é o alimento da planta. Mas de nada adianta a chuva cair se ela não puder penetrar na terra, é aí que se formam as inundações, enchentes e erosões. Todos se conectam numa rede de colaboração, e essa visão é o pilar da Agroecologia, ciência que Ana tanto ensinou.
A Agroecologia é o caminho para mudarmos muitas coisas, para muito melhor! Pesquise sobre ela, converse com seus amigos/as, familiares, professores/as. Você vai perceber que ações simples podem resultar em muitos benefícios para todos, mas cada um e cada uma precisa fazer a sua parte.
Então, mãos à obra!
O grão de trigoVocê sabia que muitas das nossas comidas como o pão, o bolo e o macarrão são feitas a partir do trigo? E que o trigo é uma planta que, como todas as outras, cresce e floresce por causa das várias substâncias que existem na terra?
A Ana Primavesi foi uma cientista que estudou durante muito tempo todas essas substâncias do solo. Ela viveu 99 anos e passou a maior parte de sua vida trabalhando para que conseguíssemos cuidar bem da terra, e de nós também. E todas essas substâncias que ela estudou são muito importantes para as plantas crescerem fortes e saudáveis, mas se tiver muito de uma e pouco de outra elas ficam fracas e doentes.
Você sabia, também, que no mundo que a gente vive existe um grupo de pessoas que, para ganhar muito dinheiro, explora o trabalho de outras pessoas e a terra, de um jeito que suga dela quase toda sua vida e energia. Com o solo fraco e desequilibrado, eles precisam jogar veneno nas plantas, os agrotóxicos, mas isso vai para nosso corpo deixando a gente doente também. Ela sempre dizia: solo saudável – planta saudável – ser humano saudável.
Além de estudar muito sobre a vida no solo ela também pesquisou formas de cultivar a terra que respeitassem a vida contida ali, de um jeito que fosse possível produzir os alimentos de uma forma saudável – é o que chamamos hoje de Agroecologia.
Neste livro, vamos conhecer a história de um grão de trigo e entender um pouco melhor como dependemos da vida dele e como ele depende da vida do solo. Depois de lê-lo, ficamos pensando em como podemos contribuir para que a terra seja cada vez mais saudável para que possamos ter plantas e seres humanos saudáveis?
Melhor amigo dos parasitas“A terra fervilhava de vida”. É assim que começa a história que vamos ler neste livro. Você sabia que a energia que nós humanos temos para viver vem daquilo que nós comemos? E que a nossa comida está cheia de vida porque se alimenta da vida que tem na terra? Por isso que a Ana Primavesi dizia que o solo saudável traz uma planta saudável que faz com que o ser humano seja saudável.
Ao longo da história da nossa existência de seres humanos, sempre mantivemos uma relação com a natureza, primeiro colhendo os frutos e caçando os animais que existiam, depois cultivando a terra por meio da agricultura para produzir alimentos para as pessoas. Durante quase 10 mil anos essa relação foi saudável e equilibrada, mas a partir de 1960 mais ou menos teve início o que se chamou de revolução verde – a utilização de muitas máquinas e de venenos e outras coisas desenvolvidas em laboratórios para que a terra produzisse cada vez mais em um tempo menor. Isso causou um desequilíbrio na vida da terra, das plantas e dos seres humanos.
Nesta história, vamos descobrir que as muitas formas de vida que existem na natureza, inclusive os chamados parasitas que se alimentam da vida das plantas e vamos ver também que tudo isso acontece pela ação dos seres humanos.
Mas o importante é que nós humanos ainda temos tempo para reconstruir esse equilíbrio e nos tornarmos os melhores amigos da natureza.
Ana Maria Primavesi (Áustria, 3/10/1920-5/1/2020, São Paulo/Brasil)- Engenheira agrônoma e escritora, formada em Viena com doutorado em Cultura de Solos e Nutrição Vegetal. No Brasil, a partir de 1948, foi professora e pesquisadora (USM/RS). Em 2012, foi reconhecida como engenheira agrônoma pioneira na preservação do solo e na recuperação de áreas degradadas (One World Award). Em 2018, foi homenageada com o Dia Nacional da Agroecologia e o Prêmio Ana Primavesi para as iniciativas de produção agroecológica.
Peso | 400 g |
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Ana Maria Primavesi (Áustria, 3/10/1920-5/1/2020, São Paulo/Brasil)- Engenheira agrônoma e escritora, formada em Viena com doutorado em Cultura de Solos e Nutrição Vegetal. No Brasil, a partir de 1948, foi professora e pesquisadora (USM/RS). Em 2012, foi reconhecida como engenheira agrônoma pioneira na preservação do solo e na recuperação de áreas degradadas (One World Award). Em 2018, foi homenageada com o Dia Nacional da Agroecologia e o Prêmio Ana Primavesi para as iniciativas de produção agroecológica.
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