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Dentre os espetáculos teatrais mais importantes da década de 1960, a Primeira Feira Paulista de Opinião é dos menos lembrados e algumas das peças que integraram a encenação permaneceram inéditas até esta edição. Com raras exceções, o espetáculo não foi compreendido em sua capacidade notável de articular passado e futuro das experiências dramatúrgicas do período, nem por indicar conexões não especializadas entre artistas de diversas áreas.
A Feira procurou fazer com que o espetáculo vazasse para além da sala de apresentações. No saguão, obras de diversos artistas plásticos (Jô Soares, Marcello Nitsche, Nelson Leirner, Cláudio Tozzi, Mário Gruber, entre outros). No palco obras de cinco dos mais destacados dramaturgos do período (O líder, de Lauro César Muniz, É tua a história contada?, de Bráulio Pedroso, Animália, de Gianfrancesco Guarnieri, A receita, de Jorge Andrade, Verde que te quero verde, de Plínio Marcos, e A lua muito pequena e a caminhada perigosa, de Augusto Boal) entremeadas por canções de Ary Toledo, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Sérgio Ricardo, além de uma suíte orquestrada de Edu Lobo.
Sua estreia no Teatro Ruth Escobar, no dia 7 de junho de 1968, mobilizou a categoria artística num ato de desobediência civil sem precedentes em reação à imposição de 84 cortes pela censura, que há pouco tempo havia se tornado federal. Naquela sexta-feira, dezenas de artistas deixaram de apresentar seus espetáculos para subir ao palco do Ruth Escobar para ler um manifesto. Em seguida, o conteúdo integral do espetáculo foi encenado. Dias depois, após intervenção judicial e pressão da categoria artística, a peça foi liberada.
Esta edição crítica reúne pela primeira vez todas as peças e canções de Feira Paulista de Opinião, além de reunir depoimentos, imagens e um vasto material documental com textos que originaram algumas das peças, críticas e uma sequência de textos jornalísticos relacionados ao processo de censura e à entrega dos prêmios Saci ao jornal O Estado de S. Paulo.
Augusto Boal (Rio de Janeiro, 16/3/1931-2/5/2009) – Teatrólogo, diretor, dramaturgo, ensaísta e professor, ficou conhecido internacionalmente com a criação do Teatro do Oprimido, dramaturgia de identidade brasileira originada no Teatro de Arena. Com o golpe de 1964, desenvolveu no exílio as proposições do Teatro do Oprimido em países latino-americanos e europeus. Ao retornar ao Brasil, criou o Centro do Teatro do Oprimido e desenvolveu o Teatro-Fórum para o protagonismo do cidadão brasileiro na criação de políticas públicas.
Peso | 416 g |
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Dimensões | 21 × 14 × 1,9 cm |
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Augusto Boal (Rio de Janeiro, 16/3/1931-2/5/2009) – Teatrólogo, diretor, dramaturgo, ensaísta e professor, ficou conhecido internacionalmente com a criação do Teatro do Oprimido, dramaturgia de identidade brasileira originada no Teatro de Arena. Com o golpe de 1964, desenvolveu no exílio as proposições do Teatro do Oprimido em países latino-americanos e europeus. Ao retornar ao Brasil, criou o Centro do Teatro do Oprimido e desenvolveu o Teatro-Fórum para o protagonismo do cidadão brasileiro na criação de políticas públicas.
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