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Fruto do trabalho conjunto entre pesquisadores do Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (CEGeT) e do Centro de Estudos de Educação, Trabalho, Ambiente e Saúde (Ceetas), ambos vinculados à FCT/ Unesp/Presidente Prudente, o livro Trabalho, lutas e resistências no polígono do agrohidronegócio canavieiro mapeia, ilustra e analisa as complexas relações que sustentam o agrohidronegócio contemporâneo.
O polígono do agrohidronegócio se situa nas terras planas, férteis e bem irrigadas que abrangem os rios Paranapanema, Paraná, Tietê e Rio Grande, com suas várzeas ligando os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. Os solos vermelho-escuros cobrem aquíferos de importância regional, mas especialmente o Guarani, o segundo maior do mundo. Nesse espaço concentra-se a maior produção dos derivados de cana-de-açúcar do país, grãos (soja, milho), carnes etc., lastreados em extensas porções de terra, parte delas latifúndios grilados. No entanto, os que lutam por reforma agrária, mulheres, crianças e homens, que reivindicaram a terra como seu direito, não fazem parte dessa equação milionária representada pela produção e exportação de commodities. Os superlucros que flutuam na bolsa de valores estão distantes dos trabalhadores.
A promessa de produtividade capturou a imaginação dos formuladores de políticas e banqueiros, e – com base em evidências – capturou crédito e subsídios estatais que garantem a expansão monocultural, mesmo com a queda dos retornos de investimentos. Os mecanismos cada vez mais complexos pelos quais o risco é evitado e o valor acumulado por meio da especulação e dos mercados futuros são favorecidos pelas instituições monetárias internacionais e seu entusiasmo pelas cadeias globais de valor. Como é mostrado no livro, no entanto, sua base é a mercantilização implacável e, muitas vezes violenta, da terra e do trabalho. Realizando um diagnóstico detalhado da situação, a obra evidencia os ônus desse modelo de produção de alimentos reduzidos ao papel de commodities no território, articulando-o a uma longa e dolorosa herança na história no Brasil, que por meio da importação de insumos químicos, perigosos, e da atual precarização do trabalho, ecoam os comércios coloniais.
Dimensões | 16 × 23 cm |
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Organização | Ana Terra Reis, Antonio Thomaz Junior, Brian Garvey, Diógenes Rabello, Rosana Abbud Olivete, Sidney Cassio Todescato Leal |
Páginas | |
Ano Publicação | 2024 |
Coleção | |
ISBN |
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